Escrevendo um diário...
Nunca tive um diário, aqueles caderninhos bonitinhos, em rosa e por vezes com cadeado, lembranças da infância e adolescência. Eu sempre digo que nasci velha ou em uma época errada, pois esse tipo de comportamento eu não tive. Não tive diários.
Naqueles dias longínquos, as meninas todas alvoraçadas, escreviam em seus cadernos enfeitados, o que se passava a cada dia, mas ao longo dessas escritas, eu pude perceber que eram apenas episódios isolados de amores e paixões impossíveis.
Pois, quem é do alto dos seus 13, 14 anos sabe que aquele menino do outro lado da sala é seu único e verdadeiro amor? Não, não sabem, tá, pode até ser em algumas histórias desconhecidas, mas a realidade é bem diferente.
Os anos foram passando e mesmo assim eu não via graça em escrever um diário, eu sempre me perguntava: "mas pra quê isso?", sim, confesso que tive uns dois cadernos, já perdidos no tempo, queimados um dia em uma fogueira no quintal. Depois disso, nunca mais "ensaiei" ter um diário, que nem era um diário assim. Mas nunca deixei de escrever ou de ler bons textos.
Depois eu percebi, que sim, eu escrevia um diário, mas era uma escrita diferente, eu traduzia meus dias (não sequenciais) através de metáforas que mostravam como aquele dia estava impregnado em mim e nos meus vários caminhos.
Diário das Quatro Estações - Caminhos & (Des) caminhos - Agosto 2012 |
Foi assim que a inspiração vinda das vivências cotidianas, dos sonhos e das projeções, transformaram em letras, palavras e algumas páginas repletas de sensações e emoções que compõe caminhos e (des)caminhos por aí.
Vamos caminhar?
Por Letícia Alves
Comentários
muitos abraços!!!!