Uma curva no tempo - Dani Atkins
Imagem retirada da internet |
Já faz bem tempo que ando afastada da literatura, quando eu lia um ou dois livros por mês. Isso aconteceu devido ao meu ingresso no doutorado em 2013; de lá pra cá, me vi em meio às disciplinas obrigatórias, leituras acadêmicas, escrita de trabalhos e artigos para apresentação em eventos, exame de qualificação de projeto. E agora me encontro na fase em que preciso iniciar a análise dos dados coletados e então escrever a tese.
Mas mesmo com toda essa movimentação, tem horas que é necessário se abstrair do mundo que está em volta e se desligar um pouco, e para isso, a literatura para mim, funciona muito.
E foi assim que passei alguns dias na companhia do livro "Uma curva do tempo" de autoria de Dani Atkins. A sinopse da contra capa nos conta um pouco da história, assim:
Duas
histórias diferentes podem levar ao mesmo final feliz? Às vésperas de saírem da
cidade para a faculdade, Rachel Wiltshire e seus amigos sofreram um terrível
acidente. Durante o jantar de despedida do grupo, um carro desgovernado
atravessou a vidraça do restaurante onde estavam. Rachel escapou por pouco...
Na verdade, ela deve sua vida a Jimmy, seu melhor amigo, que se sacrificou para
salvá-la. Cinco anos mais tarde, todos do grupo estão prestes a se reencontrar
para o casamento de Sarah. Bem, quase todos. É com muita dificuldade que Rachel
se convence a prestigiar a amiga, pois sabe que, para isso, terá de enfrentar
os fantasmas do passado. Principalmente a culpa pela morte de Jimmy. Com a vida
destroçada, o rosto desfigurado por uma grande cicatriz e sofrendo de
constantes dores de cabeça em decorrência do acidente, Rachel se obriga a
encarar os fatos e vai ao cemitério visitar pela primeira vez o túmulo do
amigo. Ao chegar lá, sua dor se intensifica a tal ponto que ela acaba
desmaiando. Quando acorda no hospital, Rachel fica surpresa: seu pai parece
estar curado do câncer que o devastava, Jimmy está vivo e Matt – seu
ex-namorado – alega ser seu noivo. Sem entender o que lhe aconteceu, Rachel
tenta convencer a todos de que nada daquilo pode ser real, mas os médicos
apenas a diagnosticam com amnésia. Desesperada por respostas, Rachel precisa
primeiro decidir se vale a pena tentar voltar para a vida que conhecia e que,
no fim das contas, era muito pior do que a que ela tem agora...
Nas 240 páginas que se segue, Rachel é a narradora que nos conduz pela sua história e de seus amigos. Confesso que romances do ponto de vista romântico dos personagens é uma leitura que não me atrai, mas mesmo tendo momentos de romance, não me pareceu piegas, então isso trouxe apenas elementos para o entrelaçamento da narrativa. Não é um dos melhores livros que li na vida, mas ele cumpre bem o seu papel.
Não vou fazer um resumo da história, por que acredito que já tenha muitas resenhas e resumos do livro por aí. Deixo aqui apenas a minha impressão de leitura.
Para mim foi uma leitura leve, com momento de humor, angústia e ao final uma lição de vida. Mesmo que em um primeiro momento seja clichê ou simplista o fato é que temos que pensar na seguinte questão:
Não deixe para amanhã a demonstração de amor à alguém, pois pode ser tarde demais.
De restante, recomendo a leitura para quem quer se distrair de forma leve e simples.
Por Letícia Alves
Comentários