Os dias que passam...
Quando eu era menina, sabia que a vida não seria fácil. A vida não é fácil para ninguém.
Mas eu tinha sonhos, expectativas, acreditava que o mundo poderia ser diferente. Eu vi isso tudo ou melhor, pensava nisso tudo, sentada nas arquibancadas da quadra de esportes da escola, balançando meus pezinhos com botas ortopédicas.
Usar botas na infância até a adolescência, me fez ser alguém introspectivo, e por consequência, não muito falante.
Sempre pensativa, o mundo era cinza para mim, e não mudou muito a cor, ao longo desses anos.
O mundo me ensinou que tudo viria na via mais difícil, mas mesmo assim não desisti. Entre acertos e erros, eu fui empurrando todas as pedras que apareceram e teimavam em me atrapalhar, assim o fiz, mas com dignidade e sem atropelar ninguém ou magoar.
É, ser adulto não é fácil. Era mais fácil ser criança, onde os joelhos ralados eram mais fáceis de curar do que coração ferido. Mas é preciso vivenciar diversas experiências, primeiro, por fazer parte da vida, e como dizem por aí, faz parte do nosso crescimento e maturidade. Será?
Olho para trás e por vezes não me vejo tão diferente assim da menina sentada nas arquibancadas da quadra de esportes da escola, balançando os pezinhos com botas ortopédicas. Eu apenas cresci (não muito), e tenho mais números na idade do que naquela época.
Hoje em dia, meus joelhos não estão ralados (apesar de doerem às vezes), mas percebo que meu coração por vezes fica ferido.
É tão difícil curar um coração...
Por Letícia Alves
Comentários
Deixo meu carinho e paz.
A vida é um substantivo de peso, apaixonante e onde acho impossível sair sem um machucadinho sequer...
Ahh essa foto é tao tudo!
Boas festas e feliz 2014!!
Beijus,