Vôos...
Ela não tinha nenhuma vaidade.
De rosto sempre limpo e um sorriso aberto nos lábios era sim o seu dia-a-dia.
O tempo foi passando, e os anos romperam a aurora da vida, e o rosto daquela menina continuava limpo, sem maquiagens, sem máscaras. O sorriso às vezes sim, às vezes, coisas da vida.
A cada manhã, a cada outono, enfim, a cada estação quando ela se olhava no espelho via que o tempo estava se esvaindo e com ele levando todas as suas forças, desde aquela do sorriso aberto até a sua alma já cansada.
Foi quando em meio a tantos pensamentos, subitamente, um passarinho pousou em sua janela, e ficou ali, imóvel como se também contemplasse sua imagem no espelho.
Ela o olhou... olhou... olhou....
E percebeu o quão livre ele era, que podia pousar em cada janela, voar livremente e só tinha uma vaidade: podia abrir as asas e alçar vôos.
Então ela pensou: "Posso ser como ele, alçarei vôos e serei livre."
E foi assim que aquela menina sem nenhuma vaidade, hoje, tem uma: a sua liberdade para alçar novos vôos sempre.
Por Tempestade
Comentários
Fique com Deus, menina Tempestade.
Um abraço.
Não há base, pó, rímel ou batom que dê jeito num rosto onde imperam tristeza e amargura.
Lindo texto, Lê!
Amei!
E também to com saudade de vc, viu?
Mas nos falamos no fim de semana.
Beijo imenso, flor!
Bom fim de semana! Beijus,
saudades de ti!!!
Bom ver-te livre... para alçar voos cada vez mais altos...
cada vez mais longe... com a certeza plena de que es capaz... de ir e voltar... ficar...
beijos carregados de saudades
Feliz dia das mães!
Boas energias,
Mari